30 de novembro de 2010

A não perder!

No últimos meses fui cliente assídua das salas de cinema. Apesar de não ser esquisita em relação aos filmes, gosto de uma boa história, de um bom argumento, capaz de prender à cadeira e deixar os olhos fixos na tela.


Eat, Pray and Love
Liz Gilbert (Julia Roberts) tinha tudo o que uma mulher moderna pode sonhar: um marido, uma casa, uma carreira bem-sucedida. Como muitas outras, sente-se perdida e confusa, Comer, Orar e Amar é a história de uma mulher que busca o que realmente deseja na vida.
Adorei o filme, foi tão emocionante... deu vontade de sair da sala de cinema a correr e fazer as malas para sair em busca daquilo que para mim está destinado! Penso que muita gente que já viu o filme percebeu o quão monótona pode ser a vida, as rotinas aniquilam o desejo de querer ser feliz, amarramo-nos ao que temos e muitas vezes esquecemos que o bem-estar, que a nossa alma e a nossa mente são o mais importante! Além de um romance lindo, este filme é também uma história que pode ser a nossa, ou a da nossa amiga, da nossa vizinha! Sejam felizes!

Realização: Ryan Murphy
Elenco:Julia Roberts, Javier Bardem

Moura Guedes na SIC?

Segundo o Correio da Manhã, Manuela Moura Guedes vai regressar à televisão, desta vez aos ecrans da SIC!
Manuela Moura Guedes
As negociações ainda estão em curso e muita coisa está ainda por apurar, a certeza é o desejo de Manuela Moura Guedes em regressar como jornalista. Será que ainda vamos ver o "Jornal da Noite" especial de Sábado, com Miguel Sousa Tavares e Manuela Moura Guedes? A verdade é que o filho pródigo já regressou, falta então a ex-primeira dama de Queluz de Baixo!

Da sua passagem para o terceiro canal sabe-se que poderá apresentar um género de magazine (dizem eles), mas ainda se define a equipa e qual a direção com a qual Manuela irá trabalhar.

Depois da passagem de Fátima Lopes para a TVI para apresentar um programa que faz concorrência ao Preço Certo da RTP, depois de assistir a Conceição Lino a apresentar "Boa Tarde", eu cá já acredito em tudo!

Até Breve

9 de novembro de 2010

A crise chegou ao Expresso

"A empresa liderada por Pinto Balsemão anunciou hoje que iniciou um processo de rescisão por mútuo acordo com alguns funcionários." 


Assim pode ler-se no Diário Económico... A crise já chegou ao Grupo Impresa! Ainda na mesma notícia pode ler-se que serão cerca de 15 as pessoas a abandonar o Jornal Expresso.
Como futura profissional do jornalismo fico apreensiva e questiono-me sobre este assunto... Estamos todos a estudar para nada? 

Todos sabemos que o nosso país está mergulhado na crise que afecta neste momento alguns países da Europa, má gestão? talvez! maus investimentos? quem sabe! medidas insuficientes? pode ser! 
Por mais que se especule, ninguém, a não ser os entendidos, e aqueles que se dizem os salvadores da nação é que podem responder a isso, e diariamente observamos que falam de tudo e ao mesmo tempo não dizem nada! Rigorosamente nada!
"Medidas de austeridade"; "Mais medidas de austeridade"... onde vamos chegar nós com isto? IVA mais alto, salários mais baixos, isto significa que se irá gastar mais dinheiro com menos dinheir no bolso. Portugeses endividados... famílias com fome... MEU DEUS, AO QUE ISTO CHEGOU!
Tenho 21 anos, e a minha realidade é um noticiário onde a primeira parte se fala de crise e a segunda de futebol! É isto a realidade do meu país? Um grande jornal semanal português que de uma hora para a outra despede 15 pessoas, quando nas universidades se formam anulamente algumas centenas de futuros jornalistas, que tal como eu temem pelos seus filhos, pelos seus netos. Temem que a realidade deles seja pior que a nossa realidade... 

Até breve

3 de novembro de 2010

A mortal estrada do IP4

Mais um acidente... mais uma morte!
Assusta-me cada vez mais ter de fazer a viagem no IP4 todas as semanas, quase diariamente surgem notícias nos meios de comunicação social sobre jovens, crianças, adultos e até idosos que perderam a vida num acidente, onde? no IP4! Sempre no IP4! Na madrugada de terça perdeu a vida um jovem na flor da idade, vários feridos ligeiros, entre eles duas crianças. Quando assisto a imagens de carros desfeitos no meio da estrada fico gelada, penso em mim, nos meus e em todos os que diariamente percorrem as estradas portuguesas, mas principalmente naqueles que tal como eu dependem do IP4 para estudar ou trabalhar. Actualmente não basta ter cuidado ou atenção... mil olhos no IP4 podem ser poucos! Um pequeno piscar de olhos pode ser o suficiente para que a vida acabe ali! Condutores portugueses, a vida é boa demais para acabar num segundo. A vida sabe bem demais! Não consegui deixar de publicar alguma coisa sobre este assunto porque considero impressionante os acidentes diários, as mortes que ocorrem devido a acidentes nas estradas...
Lembro-me da altura em que esta publicidade passava na televisão:




Valerá a pena colocar a nossa vida e a dos outros em risco? Vale a pena pensar nisso!

13 de outubro de 2010

Imaginem

Imaginem  (por Mário Crespo)
00h30m
Imaginem que todos os gestores públicos das 77 empresas do Estado decidiam voluntariamente baixar os seus vencimentos e prémios em dez por cento. Imaginem que decidiam fazer isso independentemente dos resultados. Se os resultados fossem bons as reduções contribuíam para a produtividade. Se fossem maus ajudavam em muito na recuperação.
Imaginem que os gestores públicos optavam por carros dez por cento mais baratos e que reduziam as suas dotações de combustível em dez por cento. 

 
Imaginem que as suas despesas de representação diminuíam dez por cento também. Que retiravam dez por cento ao que debitam regularmente nos cartões de crédito das empresas.
 
Imaginem ainda que os carros pagos pelo Estado para funções do Estado tinham ESTADO escrito na porta. Imaginem que só eram usados em funções do Estado. 
 
Imaginem que dispensavam dez por cento dos assessores e consultores e passavam a utilizar a prata da casa para o serviço público.
 
Imaginem que gastavam dez por cento menos em pacotes de rescisão para quem trabalha e não se quer reformar.
 
Imaginem que os gestores públicos do passado, que são os pensionistas milionários do presente, se inspiravam nisto e aceitavam uma redução de dez por cento nas suas pensões. Em todas as suas pensões. Eles acumulam várias. Não era nada de muito dramático. Ainda ficavam, todos, muito acima dos mil contos por mês. Imaginem que o faziam, por ética ou por vergonha. Imaginem que o faziam por consciência.
 
Imaginem o efeito que isto teria no défice das contas públicas. 
 
Imaginem os postos de trabalho que se mantinham e os que se criavam.
 
Imaginem os lugares a aumentar nas faculdades, nas escolas, nas creches e nos lares.
 
Imaginem este dinheiro a ser usado em tribunais para reduzir dez por cento o tempo de espera por uma sentença. Ou no posto de saúde para esperarmos menos dez por cento do tempo por uma consulta ou por uma operação às cataratas. 
 
Imaginem remédios dez por cento mais baratos. Imaginem dentistas incluídos no serviço nacional de saúde.
 
Imaginem a segurança que os municípios podiam comprar com esses dinheiros.
 
Imaginem uma Polícia dez por cento mais bem paga, dez por cento mais bem equipada e mais motivada.
 
Imaginem as pensões que se podiam actualizar. Imaginem todo esse dinheiro bem gerido.
 
Imaginem IRC, IRS e IVA a descerem dez por cento também e a economia a soltar-se à velocidade de mais dez por cento em fábricas, lojas, ateliers, teatros, cinemas, estúdios, cafés, restaurantes e jardins.

Imaginem que o inédito acto de gestão de Fernando Pinto, da TAP, de baixar dez por cento as remunerações do seu Conselho de Administração nesta altura de crise na TAP, no país e no Mundo é seguido pelas outras setenta e sete empresas públicas em Portugal. Imaginem que a histórica decisão de Fernando Pinto de reduzir em dez por cento os prémios de gestão, independentemente dos resultados serem bons ou maus, é seguida pelas outras empresas públicas.

Imaginem que é seguida por aquelas que distribuem prémios quando dão prejuízo.
Imaginem que país
podíamos ser se o fizéssemos.
Imaginem que país
seremos se não o fizermos.

7 de outubro de 2010

Prémio Nobel da Literatura 2010

O maior galardão mundial das letras premiou o escritor, ensaísta, político e jornalista peruano Mario Vargas Llosa. Três décadas depois de ter sido atribuído a um columbiano, o Prémio Nobel regressa à América Latina, dando o título ao "eterno candidato" como já o apelidaram.
Mario Vargas Llosa
Não constava na lista dos candidatos para este ano, mas a verdade é que Llosa arrecadou este prémio, com 74 anos, o escritor foi já considerado um dos mais influentes escritores da sua geração. A academia sueca distingue-o "pela sua cartografia das estruturas de poder e pelas suas imagens mordazes da resistência, revolta e derrota dos indivíduos".
Llosa é um líder político, activista pelos direitos do homem, pela igualdade social e pela liberdade, manteve-se sempre fiel a uma luta por um mundo melhor, nunca baixando os braços a qualquer regime.
O seu envolvimento político, desde logo com o regime de Fidel Castro, e empenhamento social foi um dos seus motores de escrita. Analista da realidade cresceu como romancista e enriqueceu desde cedo a literatura mundial.
Mário Vargas Llosa é o 103º Prémio Nobel da Literatura. 

Para muitos é um prémio mais do que merecido, um nome já consagrado internacionalmente e um "nobelzinho" fica sempre bem! Aos seus leitores: estejam preparados para um aumento significativo nos preços dos seus livros, o que em tempo de crise não fica nada bem! :p

Até breve

5 de outubro de 2010

No futuro será assim?

Encontrei este texto por obra do acaso e achei-lhe imensa piada. Achei que valia  a pena partilhar!

Imaginem que estão no ano de 2020 e querem encomendar uma pizza.
- Telefonista: Pizza Hut, boa noite!
- Cliente: Boa noite, quero encomendar Pizzas…
- Telefonista: Pode-me dar o seu NIN?
- Cliente: Sim, o meu Número de Identificação Nacional é o 6102 1993 8456 5463 2107.
- Telefonista: Obrigada, Sr. Lacerda. O seu endereço é na Avenida Paes de Barros, 19, Apartamento 11, e o número do seu telefone é o 21549 4236, certo?
O telefone do seu escritório na Liberty Seguros, é o 21 574 52 30 e o seu telemóvel é o 96 266 25 66, correcto?
- Cliente: Como é que conseguiu todas essas informações?
- Telefonista:Porque estamos ligados em rede ao Grande Sistema Central.
- Cliente: Ah, sim, é verdade! Quero encomendar duas Pizzas: uma Quatro Queijos e outra Calabresa…
- Telefonista:Talvez não seja boa ideia…
- Cliente: O quê…?
- Telefonista:Consta na sua ficha médica que o senhor sofre de hipertensão e tem a taxa de colesterol muito alta. Além disso, o seu seguro de vida proíbe categoricamente escolhas perigosas para a saúde.
- Cliente: Claro! Tem razão! O que é que sugere?
- Telefonista:Por que é que não experimenta a nossa Pizza Superlight, com Tofu e Rabanetes? O senhor vai adorar!
- Cliente: Como é que sabe que vou adorar?
- Telefonista:O senhor consultou a página ‘Receitas Gulosas com Soja’ da Biblioteca Municipal, no dia 15 de Janeiro, às 14:27 e permaneceu ligado à rede durante 39 minutos. Daí a minha sugestão…
- Cliente: Ok, está bem! Mande-me então duas Pizzas tamanho familiar!
- Telefonista:É a escolha certa para o senhor, a sua esposa e os vossos quatro filhos, pode ter a certeza.
- Cliente: Quanto é?
- Telefonista:São 30,10 euros
- Cliente: Quer o número do meu Cartão de Crédito?
- Telefonista:Lamento, mas o senhor vai ter que pagar em dinheiro. O limite do seu Cartão de Crédito foi ultrapassado.
- Cliente: Tudo bem. Posso ir ao Multibanco levantar dinheiro antes que chegue a Pizza.
- Telefonista:Duvido que consiga. A sua Conta de Depósito à Ordem está com o saldo negativo.
- Cliente: Meta-se na sua vida! Mande-me as Pizzas que eu arranjo o dinheiro. Quando é que entregam?
- Telefonista:Estamos um pouco atrasados. Serão entregues em 45 minutos. Se estiver com muita pressa pode vir buscá-las, se bem que transportar
duas Pizzas na moto, não é lá muito aconselhável. Além de ser perigoso…
- Cliente: Mas que história é essa? Como é que sabe que eu vou de moto?
- Telefonista:Peço desculpa, mas reparei aqui que não pagou as últimas prestações do carro e ele foi penhorado. Mas a sua moto está paga e então, pensei que fosse utilizá-la.
- Cliente: Foooddddddd…….!!!!!!!!!
- Telefonista:Gostaria de pedir-lhe para não ser mal educado… Não se esqueça de que já foi condenado em Julho de 2006 por desacato em público a um Agente da Autoridade
- Cliente: (Silêncio).
- Telefonista:Mais alguma coisa?
- Cliente: Não. É só isso… Não. Espere… Não se esqueça dos 2 litros de Coca-Cola que constam na promoção.
- Telefonista:O regulamento da nossa promoção, conforme citado no artigo 095423/12, proíbe a venda de bebidas com açúcar a pessoas diabéticas…
- Cliente: Aaaaaaaahhhhhhhh!!!!!!!!!!! Vou atirar-me pela janela!!!!!
- Telefonista:E vai torcer um pé? O senhor mora no rés-do-chão…!

A verdade da opinião

O poder dos media está a aumentar nas nossas sociedades porque é cada vez maior a sua influência directa mas também indirecta ao nível da opinião que elaboram e das opiniões que suscitam. Não há opinião sem polémica, sem conflito e sem emoção.

Quanto mais vincadas forem estas características, maior será o impacto da opinião. Se o veículo utilizado for a televisão, então essas características serão amplificadas e, por conseguinte, o efeito da opinião tenderá a ser muito mais marcante. “

Judite Sousa , ” A Vida é um Minuto”

Ao ritmo da diferença

(Imprensa, Rádio e Televisão, 2ºano, 15 de Maio de 2009. Trabalho realizado em virtude da acividade organizada pelos alunos de Engenharia da Reabilitação da UTAD)


David baloiçava as rodas da cadeira e dançava!
A música, ele sente de outra maneira. A dança é sempre mais qualquer coisa.
A magia da música popular enchia-lhe os olhos e a alma…enchia-lhe o coração.   Foi nesse momento que percebi que tudo nesta vida é possível.
A tarde foi de festa, sorrisos, igualdade para todos. De muitas danças. Movimentos conjugados a uma só vontade: mostrar, que afinal, todos podem dançar.
A alegria, a liberdade de movimentos ainda que um pouco condicionados para alguns estava estampada nos rostos de todos os participantes do Workshop de dança levado a cabo pelo Núcleo de alunos de Engenharia da Reabilitação e Acessibilidade Humana da UTAD ( NAERA).
Segundo Abel Trigo, Vice-Presidente do Núcleo, a ideia deste evento foi inspirada no presidente do Núcleo, David Fonseca: «Ele é um dançólico anónimo, que sempre que pode não deixa de dar um pezinho de dança, sempre com gosto e muita paixão».
David é surdo, mas essa limitação nunca o impediu de dançar. E, por isso, foi um dos participantes mais animados do workshop. Sem barreiras. Sem impedimentos.
E o objectivo era mesmo esse, mostrar que qualquer pessoa pode superar os obstáculos. Sejam eles de que tipos forem.
E foram muitos os bailarinos amadores que quiseram juntar-se à festa e ao ritmo da música popular como o malhão e que encheram parte do primeiro piso do Centro Comercial Dolce Vita.
A música convidava todos a juntarem-se. O ambiente, desprovido de preconceitos, onde todos eram iguais, partilhava do mesmo ritmo e da mesma vontade de dançar.
O Dolce Vita ganhou o brilho que há muito faltava. Naquela Quarta-Feira tudo ganhou nova cor…a cor da igualdade.
«Dançar com a diferença», foi a frase de honra numa tarde que tão bem mostrou que tudo é possível, que ensinou a ver para além de tudo aquilo que imaginávamos estar ao alcance de todos… dançar de olhos vendados, perceber que as musicas tão normais podem ser encaradas de maneira tão diferente por aqueles que não enxergam como nós.
Carolina, estudante de engenharia da reabilitação ouviu às escuras por uns minutos.
«Sabes que podes ir para a frente e para trás, mas não te apercebes totalmente dos movimentos do corpo»
A dança vai para além de uma simples batida ou de um simples ritmo, a dança é exprimir artisticamente gestos coordenados onde se conjuga um misto de emoções, sentimentos, alegrias…
O Dolce Vita foi o palco, e todos os curiosos e todos os que quiseram participar serviram de mote para que se mostrasse que às vezes é a própria sociedade que coloca barreiras onde a própria deficiência não as tem.
Para Abel Trigo, «A música é sentir e as incapacidades não impossibilitam as pessoas de nada, qualquer pessoa pode dançar, pessoas de cadeira de rodas, pessoas cegas, pessoas surdas, inclusivamente pessoas com paralisia cerebral que dançaram e acima de tudo se divertiram».
E o sorriso de missão cumprida estampado no seu rosto não deixava negar tudo aquilo que afirmava.
«O balanço foi muito positivo, muito positivo mesmo, foi uma tarde fantástica. Houve escolas que trouxeram cá os alunos, que deram aulas aqui, aulas de reabilitação psicomotora. Foi objecto de estudo, tudo isto, também» dizia ainda Abel.
E a missão estava mesmo cumprida.
Esta foi uma entre muitas iniciativas que o Núcleo levou a cabo, uma das últimas foi o «Jantar às escuras», que convidou todos a comerem sem sequer saber onde estavam os talheres, ou terem sequer conhecimento do prato.
Surgiu com a ideia de sensibilizar toda a população para as dificuldades que um cego pode ter no seu dia-a-dia.
Para que todos aprendessem a ver para além daquilo que os olhos alcançam.
Aprender a ver com os sentidos…em sintonia.
Engenharia da Reabilitação e da Acessibilidade Humana começou a ser leccionado em 2007 e é a primeiro curso com este tipo de formação de raiz em toda a Europa.
Francisco Godinho, responsável pelo Centro de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade (CERTIC) e também coordenador do curso, realça a sua importância.
«É um curso que visa dar mais autonomia quer a pessoas com deficiência quer a idosos, uma área de população não tão restrita, que conta com 22% da população e que tem sempre tendência a aumentar».
Na realidade, o curso de Engenharia da Reabilitação é a profissão ou actividade orientada para a aplicação da ciência e da tecnologia na melhoria da qualidade de vida de populações com necessidades especiais, nomeadamente pessoas com deficiência, idosos e acamados em áreas como o acesso a tecnologias e serviços, educação, emprego, saúde e reabilitação funcional, mobilidade e transportes, vida independente e recreação.
É na verdade um projecto de louvar.
É já e 2010 que os primeiros alunos formados saem para o mundo do trabalho e segundo Francisco Godinho: «Vão disputar território com outros utilizadores».
«É preciso mostrar o lado mais humano do curso, e por isso mesmo os alunos tiveram todas estas iniciativas, desde o Jantar às escuras, a exposições de equipamentos, actividades de mobilidade e agora a dança»
Um cego, um surdo, um tetraplégico têm tanto ou mais direito.
Ensinam diariamente a todos que o que fazem, é feito ainda com mais valor.
E como dizia a D. Maria Adelaide Costa que assistiu de perto a toda aquela “confusão” instalada no Centro Comercial, «é sempre bom lembrarem-se de quem precisa.».

Objectividade no jornalismo: Meta ou Ilusão?

(Imprensa, Rádio e Televisão , 2ºano, 17 de Fevereiro de 2009)

De uma maneira simples, o jornalismo é a ideia de alguém contar algo a alguém, onde este “alguém” pode ser milhares ou até milhões de pessoas.
Para contar o jornalista precisa de conhecer a realidade, que, de certa forma o limita, mas também lhe confere uma verdadeira grandeza; Para noticiar algo é preciso estar lá, recolher informações para poder informar, e é nesse informar que encontramos o grande problema da objectividade.
Na minha opinião, o objectividade total é mera ilusão, uma meta ainda por alcançar Um jornalista a escrever está de certa forma a dialogar com o leitor, procurando agrada-lo e informa-lo ao mesmo tempo, e é essa proximidade com o público que a meu ver se torna cada vez mais imprescindível para a continuidade da imprensa mediática.

Por outro lado, a parcialidade e a não-objectividade podem ser bastantes prejudiciais, como refere Tuchman, ” a objectividade é uma ferramenta (…) um escudo que protege o jornalista (…) A objectividade é uma defesa, porque sendo imparcial e objectivo o jornalista não pode ser culpabilizado, aliviando assim as pressões inerentes.“.
Arriscaria a dizer que o grande e principal entrave à pratica da imparcialidade e objectividade no jornalismo é a nossa condição enquanto ser humano, com sentimentos e opiniões próprias e difíceis de evitar.
Desta forma, considero a objectividade uma ideologia, um reflexo de um modelo ainda, na maioria dos casos, à espera de ser colocado em prática.

4 de outubro de 2010





“Escrever é usar as palavras que se guardaram: se tu falares de mais, já não escreves, porque não te resta nada para dizer.”
Miguel Sousa Tavares, No teu deserto