16 de dezembro de 2011

Body Balance e Body Vive

Em virtude da disciplina de Jornalismo Especializado II, realizei um trabalho de jornalismo desportivo onde dou a conhecer o Body Balance e o Body Vive. Duas modalidades diferentes que pode ser praticadas em todos os ginásios Vivafit.

12 de dezembro de 2011

Uma doença chamada depressão




Daniela Gomes tem 28 anos e é Médica Interna Complementar de Medicina Geral e Familiar no Hospital de Vila Real. 
Licenciou-se recentemente no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar - Universidade do Porto.
Hoje falou-nos um pouco sobre a depressão e tirou todas as dúvidas!


Por Sara Carvalho



Sara Carvalho (SC): O que é a depressão?

Daniela Gomes (DG): O termo depressão gera enorme confusão diagnóstica entre os profissionais de saúde, por conta dos inúmeros significados que o termo tem – por exemplo, um estado afetivo normal, um sintoma, uma síndrome e uma doença.
Sentimento de tristeza é uma resposta normal e adaptativa do ser humano diante de situações adversas como perda, derrota, etc e pode ser um momento de reflexão e de preparação para novas ações no futuro e por isso não deve ser logo alvo de intervenção médica nem de diagnóstico psiquiátrico. Quando se fala em sintoma depressivo, este pode surgir nos mais variados quadros clínicos, como transtorno de stress pós-traumático, demências, esquizofrenia, alcoolismo, doenças clínicas, e pode também ocorrer como resposta a fatores psicossociais. A síndrome depressiva inclui alterações de humor como tristeza, irritabilidade, falta de capacidade de sentir prazer, apatia e outros aspectos, tais como alterações cognitivas, psicomotoras e vegetativas.
SC: Como se caracteriza?
DG: A principal característica de um episódio depressivo maior é o humor deprimido ou a perda de interesse ou prazer por quase todas as atividades e por um período mínimo de duas semanas. Para se confirmar uma depressão, o doente deve experimentar pelo menos quatro sintomas entre perda ou ganho de peso significativo, insónia, agitação ou retardo psicomotor, fadiga ou perda de energia, culpa e auto desvalorização, diminuição da capacidade de pensar e concentrar ou pensamentos recorrentes de morte, tentativa ou ideação suicida. O transtorno depressivo menor é semelhante à depressão maior, a diferença é o número de sintomas.
SC: Que tipos de problemas estão associados à depressão?
DG: Os sintomas depressivos podem surgir nos mais variados quadros clínicos, transtorno de stress pós-traumático, demências, esquizofrenia, alcoolismo, doenças clínicas, como referi há pouco. Também podem ocorrer como resposta a fatores psicossociais. A depressão tem vindo a ocupar uma posição de destaque no rol dos problemas de saúde pública e já é considerada a quarta doença médica mais dispendiosa para os hospitais porque os pacientes deprimidos passam mais tempo internados do que os pacientes com diabetes, hipertensão, artrite ou doença pulmonar crónica. É importante referir que os doentes depressivos têm tanta incapacidade funcional quanto os pacientes com doença cardíaca.
SC: A depressão tem cura?
DG: Sim, embora o termo correto seja tratamento, porque a qualquer momento pode haver recaídas. Para o tratamento antidepressivo deve ter-se em consideração que nós, os humanos, somos um todo incluindo dimensões biológicas, psicológicas e sociais. Portanto, a terapia deve abranger todos esses pontos e utilizar a psicoterapia, mudanças no estilo de vida e a terapia farmacológica. Há uma ideia errada e é importante que se  mencione que não se trata a "depressão" de forma abstrata, mas tratam-se pacientes deprimidos, contextualizados nos seus meios sociais e culturais e compreendidos nas suas dimensões biológicas e psicológicas. As intervenções podem ser na forma de psicoterapia de apoio, terapia interpessoal, comportamental, cognitiva comportamental, de grupo, de casais e de família. Há muitos fatores que influenciam o sucesso do tratamento e um médico deve debater todas as hipóteses com o seu paciente com vista a uma melhor qualidade de vida. 
SC: Na tua opinião a sociedade atual tem mais ou menos tendência para sofrer de depressões?
DG: Cada vez mais tendência, na minha opinião. O emprego, e também o desemprego, a idade da reforma, o stress.  A tecnologia, por exemplo, que nos permite ser mais eficazes no trabalho e que facilita a comunicação, também altera o ritmo de vida. Estamos mais acelerados. Não há paciência para esperar. Ao diminuir a nossa qualidade de vida, ficamos tristes, deprimidos. E esta tendência comprova-se em vários estudos. Segundo a OMS, esta síndrome, no ano de 2020, será a segunda doença que mais afetará os países desenvolvidos e a primeira em países em desenvolvimento.
SC: Está correto associar a depressão às grandes cidades?
DG: Não. O mais correto é associar a certas faixas etárias. Adolescentes e idosos, por exemplo. Adolescência é uma fase de desenvolvimento complicado pela pressão da sociedade para "caber num certo molde". Quem não é moldado é posto de parte, o que gera sentimentos de desvalorização própria, tristeza, baixa auto-estima. Nos idosos ou reformados, o sentimento de inutilidade predomina, e fica ainda pior quando doenças osteoarticulares, por exemplo, causam a perda de independência.
SC: Qual a tua opinião relativamente a tratamentos alternativos como a acupuntura ou hipnose para o tratamento da depressão?
DG: A mente é algo muito complexo e pouco compreendido e o poder da sugestão é uma ferramenta útil e perigosa. Honestamente, não acredito muito que  essas técnicas sejam muito úteis. Antigamente sangravam-se as pessoas para remover os tumores do fígado ou bílis. No entanto, está comprovado que o efeito placebo funciona. Como falei à pouco, acho que o factor stress é fundamental. Acredito que com tratamento de acupuntura e hipnose, consegue-se relaxar e talvez seja por isso que o tratamento funciona. Eu sou da opinião que se o doente se sente melhor então mal não faz.
SC: E sobre a quantidade de antidepressivos e ansiolíticos que são prescritos aos doentes com depressão? Concordas?
DG: Pois, essa é uma questão complicada. Os doentes têm tendência de se tornarem dependentes dos medicamentos antidepressivos. Acham que sem eles ficam piores. Basta que se esqueçam de tomar um dia o comprimido que já não dormem, ou o dia já não corre bem. Mas como objectivar algo subjectivo? Se a pessoa diz que se sente pior, não temos maneira de nos certificarmos disso. No entanto, há sempre o outro lado da moeda, porque há doentes que necessitam mesmo dos medicamentos. A questão para nós é mesmo como distinguir, e por isso optamos por tratar. No juramento de Hipócrates, jurei que Aplicaria os regimes para o bem do doente segundo o meu poder e entendimento, nunca para causar dano ou mal a alguém. Por isso, se a classe médica está ou não a tratar demais os doentes depressivos, isso continua em debate.
SC: Quais os conselhos que darias para que se evitem estados depressivos?
DG: Sem dúvida que eliminar as causas contribuintes como causas ambientais, agentes físicos e outras drogas capazes de causar a depressão, como o excesso de cafeína, é o caminho principal. Todos devem aprender a lidar com stress. Ter passatempos, praticar exercício porque liberta endorfinas  e estimula o nosso centro de prazer no cérebro, as mesmas endorfinas que são libertadas pelo orgasmo durante o sexo ou quando comemos chocolate. O meu grande concelho é que todos tirem uma hora por dia, de preferência depois do trabalho, para fazer algo que gostem, que dê prazer. Desde um banho de imersão, ler um livro, ver televisão ou um filme, dar um passeio a pé, que simplesmente tenham prazer nas coisas que façam.








17 de novembro de 2011

8 anos de Fátima Felgueiras


Fátima Felgueiras

Fátima Felgueiras é uma política bem conhecida de todos os portugueses. Nasceu no Rio de Janeiro a 21 de Abril de 1954 e foi entre 1997 e 2009 a presidente da Câmara Municipal da cidade de Felgueiras, distrito do Porto.
Tinha apenas quatro anos quando veio para Felgueiras, onde os seus pais, emigrantes portugueses, se fixaram.
Frequentou o Externato Dom Henrique, o Liceu Nacional de Guimarães e a Universidade de Coimbra, onde se licenciou em Filologia Germânica. Apesar de ter chegado a iniciar a carreira de professora, foi em 1979 que iniciou a sua carreira política, quando foi eleita deputada nas listas do Partido Socialista para a Assembleia Municipal de Felgueiras. Dez anos depois tornou-se vereadora na Câmara Municipal e em 1995 assumiu o cargo de presidente, sendo reeleita em 1998 e em 2001.


O caso do “Saco Azul”

Enquanto presidente da Câmara Municipal, Fátima Felgueiras foi constituída arguida a Março de 2000 pela prática de vários crimes, mas só três anos depois, em Janeiro de 2003, a autarca foi detida no seu gabinete da Câmara Municipal de Felgueiras, em cumprimento de mandatos emitidos pelo Procurador da República de Guimarães.  A autarca foi então conduzida ao tribunal local, onde foi presente ao Juiz de Instrução Criminal da comarca de Felgueiras.


Com a concreta imputação à autarca da prática de 28 de crimes entre peculato, corrupção, participação económica em negócio, prevaricação, administração danosa, abuso de poder e crimes fiscais, e de ter lesado o município em 788.750 euros em contratos alegadamente viciados com a empresa Resim e em viagens ao estrangeiro. Na altura pensava-se estar a chegar ao fim a investigação daquele que é o maior caso de corrupção ao nível financeiro de partidos políticos até hoje investigado em Portugal.

Em causa neste processo está um "saco azul" do PS, mas também as relações contratuais da autarquia com diversas empresas e o licenciamento de obras particulares, tudo com estreitas ligações às contas do partido. Além de Fátima Felgueiras, o inquérito contava, já na altura, com mais doze arguídos, entre atuais e antigos autarcas, gestores e empresários.

A autarca sempre se declarou inocente mas a Maio de 2003 um juiz emite uma ordem de prisão preventiva por recear a fuga da Fátima Felgueiras, mas poucos dias depois já o paradeiro desta era incerto. O advogado de defesa, Artur Marques, o mesmo que dias antes teria desmentido a hipótese de fuga, foi o mesmo que convocou uma conferência de imprensa para divulgar a posição da autarca socialista, que mais tarde viria a ser cancelada, quando já Fátima Felgueiras estaria em fuga. Poucos dias tinham passado desde que o tribunal decretara a prisão preventiva quando a Polícia Federal do Brasil confirmou a chegada da autarca ao aeroporto do Rio de Janeiro.

Após algum tempo de silêncio no Brasil, Fátima Felgueiras dá uma conferência de imprensa onde, segundo o Publico se refere à sua fuga como “ uma maneira de se defender em liberdade de uma montagem maquiavélica”.

No fim de 2004 começam a ser ouvidas as testemunhas do caso do “Saco Azul” e em 2005 Fátima Felgueiras regressa a Portugal mas é detida quando ainda estava no aeroporto da Portela. Nesse dia a autarca entregou no tribunal um um requerimento a solicitar a alteração do regime de prisão preventiva a que foi sujeita em Maio de 2003, data em que fugiu para o Brasil.

Segundo o Publico,  no requerimento a autarca relembrou que “o inquérito estava terminado, pelo que não pode nele intervir; assinala que já não governa os destinos da Câmara, dado ter renunciado ao mandato; e usa o argumento de que regressou voluntariamente do Brasil para "provar a sua inocência" em tribunal”.

Ainda antes do julgamento, a autarca anuncia a sua candidatura como independente à Câmara de Felgueiras nas eleições autárquicas a realizar a 9 de Outubro de 2005 com a justificação de que queria “responder ao apelo dos munícipes e porque não tem por costume baixar os braços”. Fátima Felgueiras continua a insistir na sua inocência e a 9 de Outubro é reeleita como Presidente da Câmara de Felgueiras através do movimento Sempre Presente.

Em 2006 o tribunal mantinha as acusações a Fàtima Felgueiras e refutando o recurso apresentado pelo advogado que pedia a realização de um novo debate instrutório. Passados dois anos, mas concretamente a 7 de Novembro de 2008, a autarca foi condenada apenas por três dos 23 crimes de que era acusada no processo “Saco Azul”, sendo condenada a três anos e três meses de pena suspensa com perda de mandato.

Já em 2011 os juízes desembargadores do Tribunal da Relação de Guimarães consideraram que um dos crimes de peculato e um de abuso de poder já se encontravam prescritos, relativamente ao outro crime de peculato a Relação ordenou que o processo regressasse à 1º instância para ser apreciada uma alteração dos factos. Pouco tempo depois foi condenada a um ano e dois meses de prisão com pena suspensa, ficando ainda obrigada a devolver à autarquia 16.760 euros de honorários pagos pelo município ao advogado brasileiro.
Recentemente, a 1 de Julho de 1011, Fátima Felgueira foi absolvida de todos os crimes de que era acusada no âmbito do processo conhecido como "saco azul". O julgamento ocorreu, por ordem do Tribunal da Relação de Guimarães que obrigou à repetição do julgamento.

9 de novembro de 2011

22 de outubro de 2011

"A política nasceu comigo"




Chama-se Ana Manuel Barbosa e tem 21 anos, gosta de música e adora viajar, mas assume-se uma "apaixonada pela política".




“Desde cedo que frequento ambientes políticos”, afirmou Ana, que atribui todo o gosto pela política ao seu avô materno a quem era muito chegada em pequena, “ o meu avô materno, era formado em Direito e professor universitário, dava aulas de Filosofia, Política e História. Contava-me imensas coisas sobre os acontecimentos reais do nosso país, era a forma que ele arranjava para me contar histórias”.

"Desde cedo que frequento ambientes políticos"

Aos 14 anos, Ana pertencia já a uma juventude partidária. O seu percurso ficou marcado pela passagem na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro na licenciatura em Ciências da Comunicação, mas depressa percebeu que “deveria arriscar para aquilo que a completava”, e ao fim de um ano entrou em Ciência Política em Lisboa, onde ainda se encontra.
“Fui para Lisboa para conhecer mais e melhor da área de que gosto, quer a nível teórico quer a nível prático, embora hoje tenha noção de que essa ideia está mais próxima de uma miragem! No entanto, pretendo tentar.”
Relativamente ao estado atual da política, Ana admite que “todos somos os culpados” e que “tudo isto resulta de muitos anos de erros e decisões mal tomadas”.
“Com a globalização o mundo torna-se muito mais consumista, gastando, inovando, comprando, usando sem se aperceber da quantidade de coisas até à data não necessárias que acabavam por consumir” afirmou a jovem de 21 anos, acrescentando que o nosso país “teve políticas mal pensadas a longo prazo, e que levaram ao ponto de rutura atual”. Para Ana falta “transparência e clareza na política portuguesa”, mas acima de tudo “uma afirmação de que as coisas estavam mal”.
 “Posso culpar o governo anterior, não por ser de direita nem pertencente a um partido que nada tem a ver com o PS, mas sim como cidadã”, afirmou, “para mim o governo anterior passou por um período de “negação” que nos conduziu ao caos, mas nunca é fácil afirmar que se errou, admitir que as coisas estavam mal feitas veio tarde de mais e as medidas adoptadas para emendar esses erros não foram as mais corretas”.
A jovem estudante de Ciência Política reconhece que obrigar os portugueses a “apertar o cinto custa muito”, mas “ tem de ser assim, para que no futuro as coisas voltem ao normal”. Para Ana Passos Coelho e o seu governo vão ter uma “tarefa injusta, e de uma forma ou de outra será penalizado” porque, como ela própria assumiu, “não é fácil elogiar um governo que nos impõe medidas que nos sufocam a cada dia, mas não há outra solução”.

"Apertar o cinto custa muito"

Tal como a grande maioria dos portugueses, Ana Barbosa assume a sua posição de desacordo em relação a todas estas medidas, porque “muita coisa podia ter sido feito de outro modo”, mas por outro lado, acredita que “ não estamos a ir por um mau caminho”.
“Acredito que se fossemos perguntar diretamente aos portugueses o que preferiam, se pagar mais impostos ou perder o emprego, ninguém iria responder que preferia perder o emprego, por isso acredito que é preciso sacrificar um pouco a aumentar ainda mais os números do desemprego”, esclareceu.
Com os pés bem assentes na terra a jovem acrescentou que também ela está a passar por todos estes medos do futuro, é estudante e desconhece o seu futuro, desconhece o dia de amanhã. “Estou a acabar um curso sem perspetivas de emprego fixo e assusta-me pensar como me vou sustentar depois. Vemos inúmeras medidas todos os dias a surgir, por isso prefiro pensar que mais tarde vão valer a pena. E acredito que cortar na despesa para ajudar na produtividade, é o que tem de ser”.
Membro da Juventude Popular, nas últimas legislativas, Ana acompanhou Paulo Portas e viveu na primeira pessoa as controvérsias de uma campanha política por um país que acredita cada vez menos nos seus governantes. “Foi uma campanha em cheio e sem dúvida que valeu a pena! Adorei e pretendo repetir. É algo que faço com todo o gosto e com muito amor à camisola”.
Numa campanha que ficou marcada por acusações entre partidos, a jovem explicou que “é totalmente diferente seguir as coisas na realidade do que assistir através dos meios de comunicação”. Para Ana “foi uma experiencia muito enriquecedora. Na estrada assistimos a diversas realidades, aprendemos a lidar com os problemas reais e com aquilo que se passa em todo o país. Temos contato com as pessoas, o que é extremamente importante, e também vemos de tudo, o que nem sempre é fácil”.
Ao lado de vários jovens que como ela abraçam os ideais do Partido Popular de Paulo Portas, percorreu o país de lés-a-lés. Ouviu “elogios e críticas”, passou por “situações fáceis e outras em que é difícil gerir a tensão” mas, por outro lado, percebeu “como as pessoas vivem e aquilo que pretendem do nosso partido”.

"...vemos de tudo, o que nem sempre é fácil"

A jovem descreveu a campanha como “cansativa” porque segundo ela, “correr o país em duas semanas não é fácil. Mesmo nas campanhas locais é desgastante porque são muitas horas sem parar”, mas ela própria afirmou que estas legislativas foram “um misto de emoções que se sentem e no final é óptimo ver o esforço a ser recompensado. E estas eleições foram históricas devido a toda a situação”.
Quando questionada sobre o seu político de eleição, Ana afirmou que por umas razões ou por outras, identifica-se “com alguns”, mas “puxa a brasa à sua sardinha”, revelando que se “identifica bastante” com o líder do seu partido, Paulo Portas e com o eurodeputado Nuno Melo.
Mas é com orgulho que Ana Barbosa fala sobre alguém que a marcou desde cedo, alguém que não teve “a felicidade de ver actuar”, aquele “com quem se identificou desde cedo pela sua forma de pensar e de ver as coisas”. “Adelino Amaro da Costa era uma pessoa que os meus pais admiravam ao máximo, talvez por influência deles, estudei um pouco do seu legado e desde sempre foi um marco para mim, e alguém cujo nome faço sempre questão de lembrar”.
Relativamente ao futuro da política, a jovem acredita na “mudança do estado do país", acredita que "a nova geração de políticos pode alterar muita coisa” mas também admite que esta mudança tem “que ver com inúmeros fatores”. Apesar de acreditar na mudança, a jovem também acredita que “depois de toda esta situação económica, as pessoas começam a aperceber-se de muitas coisas e têm a todo o custo de se habituar a um novo estilo de vida” acrescentando que “aqueles que agora começam a integrar-se nos quadros políticos acabam por ver as coisas de forma diferente”. 
A jovem do Partido Popular assumiu que “é fácil pensar numa forma de melhorar as coisas” o que fica mais complicado “é aplicá-las” o que na opinião dela é “muitas vezes impossível”.
“Seria quase necessário apagar tudo o que se fez e recomeçar do zero mas isso não é assim tão linear e é como disse impossível de aplicar. Seria preciso uma reciclagem total a nível de mentalidades para conseguir alterar a 100% as coisas. Mas tenho esperança que aos poucos tudo melhore e caminhe em direção ao rumo certo. Não gosto é de iludir ninguém de que isso será uma tarefa fácil”.
No que ao seu futuro diz respeito, Bé, como é carinhosamente apelidada por amigos e família, não tem dúvidas de que tem “objetivos para alcançar”, entre a música, as viagens e tudo o que a faz feliz, Ana imagina-se a fazer algo ligado “ao Estado, quer seja cá ou lá fora, a nível de administração, de banca ou mercados”, admitiu o seu gosto pela “parte financeira e económica” e por isso pensa que deve ser nessa área que trabalhará futuramente, “fazendo também uma parte ligada à análise da opinião pública”. “Mas algo que tenho a certeza de querer fazer é dar aulas na universidade. Tentarei, espero conseguir…”
Ana revelou que irá sentir-se “realizada no dia em que conseguir mudar a cabeça de uma pessoa”.
“O desejo que tenho é ser feliz, desde que assim esteja, não importa aquilo que faça…”



Sara Carvalho

13 de outubro de 2011

O Acordo gera desacordo



O que para muitos é apenas uma questão de “poupar letras em tempo de crise”, para outros é “o aniquilar da identidade portuguesa”.

Que o Novo Acordo Ortográfico divide opiniões não é surpresa, mas e se lhe dissermos que em pleno Complexo Pedagógico da UTAD apareceu, por mistério, um protesto contra as novas regras de escrita?

As opiniões dividem-se, e entre alunos, professores e funcionários encontramos quem esteja de acordo com o protesto e defenda “que já o deviam ter feito há mais tempo”, outros questionam a razão “para tal escabeche” e há ainda quem pense que o motim “não leva a nada, mas incentiva à liberdade de expressão”.

O que gera tanta controvérsia é a razão para tal protesto. Apesar das medidas implementadas pelo Novo Acordo não agradarem a gregos e troianos, ou melhor, portugueses e brasileiros, a verdade é que, no Complexo Pedagógico, poucos encontrámos que defendam as novas regras ortográficas.

Se uns afirmam que “há línguas mais importantes no mundo sem Acordo, a funcionar na perfeição”, outros apelidam a situação de “ridícula”, onde Portugal passa de “colonizador a colonizado”. No outro lado da balança, esquecendo os gordinhos da SIC, há quem acuse os opositores ao Acordo de ter “visão em túnel”.

Os responsáveis pelo protesto continuam por descobrir, se o motim irá fazer mossa, também não sabemos. A verdade é que o Acordo já se encontra em vigor e os nossos avós sempre disseram que “se não os podes vencer, junta-te a eles”!

Sara Carvalho, Milene Fernandes e Daniela Morais (Trabalho realizado em virtude da disciplina de Laboratório de Jornalismo II)

17 de maio de 2011

Coluna de citações

 
A 5 de Junho todos os portugueses vão a votos para "eleger o futuro Primeiro Ministro Português, após a demissão de José Sócrates assiste-se a grandes discussões políticas entre os principais candidatos. 
As citações apresentadas são relativas ao debate entre José Sócrates, candidato pelo Partido Socialista, e Francisco Louçã, candidato pelo Bloco de Esquerda.



  • "Tenho responsabilidade por tudo o que fiz nos últimos seis anos"
(sobre os anos em que ocupou o lugar de Primeiro Ministro)
  • "Reduzi a pobreza dos idosos através do complemento social para idosos"
(quando questionado sobre o problema das pensões)
  • "Aquilo que o Governo negociou com a troika está no memorando, apenas"
(sobre as negociações com a Troika)
  • "A posição do FMI não é a posição do Governo"
(sobre as medidas que irão ser aplicadas em portugal)
  
  • "Acho que a inflação será sempre considerada nos aumentos de salários"
(sobre a taxa de inflação)
  • "O senhor decidiu ser a muleta da direita"
(sobre votação do PEC 4)
  • "Devemos perguntar o que nos trouxe até aqui. Erros sobretudo no último ano."
(sobre os PEC's)
  • "Uma conversinha sobre a Segurança Social." 
(quando assume não conhecer o programa do PS)
  • "Redução da contribuição patrimonial com reestruturação do IVA"
(citando carta do governo)
  • "Tem que dizer quanto e porquê. Não pode dizer que vá estudar"
(Sobre redução patrimonial)
  • "Eu defendi o complemento solidário de idosos"
(sobre PEC 4)
  • "Não sobra nada para a economia. Este é um péssimo acordo"
    (sobre juros da dívida)
    Sara Carvalho