5 de outubro de 2010

Objectividade no jornalismo: Meta ou Ilusão?

(Imprensa, Rádio e Televisão , 2ºano, 17 de Fevereiro de 2009)

De uma maneira simples, o jornalismo é a ideia de alguém contar algo a alguém, onde este “alguém” pode ser milhares ou até milhões de pessoas.
Para contar o jornalista precisa de conhecer a realidade, que, de certa forma o limita, mas também lhe confere uma verdadeira grandeza; Para noticiar algo é preciso estar lá, recolher informações para poder informar, e é nesse informar que encontramos o grande problema da objectividade.
Na minha opinião, o objectividade total é mera ilusão, uma meta ainda por alcançar Um jornalista a escrever está de certa forma a dialogar com o leitor, procurando agrada-lo e informa-lo ao mesmo tempo, e é essa proximidade com o público que a meu ver se torna cada vez mais imprescindível para a continuidade da imprensa mediática.

Por outro lado, a parcialidade e a não-objectividade podem ser bastantes prejudiciais, como refere Tuchman, ” a objectividade é uma ferramenta (…) um escudo que protege o jornalista (…) A objectividade é uma defesa, porque sendo imparcial e objectivo o jornalista não pode ser culpabilizado, aliviando assim as pressões inerentes.“.
Arriscaria a dizer que o grande e principal entrave à pratica da imparcialidade e objectividade no jornalismo é a nossa condição enquanto ser humano, com sentimentos e opiniões próprias e difíceis de evitar.
Desta forma, considero a objectividade uma ideologia, um reflexo de um modelo ainda, na maioria dos casos, à espera de ser colocado em prática.

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